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Nova Prata -
RS,
08/03/2014 - 22:04
por Jornal Popular
Obesidade cresce 240%: 6,7 milhões de crianças brasileiras estão obesas
Oferta de alimentos e sedentarismo estão entre os principais fatores que levam à obesidade infantil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que somente no
Brasil a obesidade avançou cerca de 240% nas últimas duas
décadas. Já a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia indica que no país 6,7 milhões de crianças apresentam
esse problema. Por outro lado a Sociedade Brasileira de Pediatria
identifica que o índice de crianças obesas passou de 3% para 15%
nos últimos 30 anos. Devido a esses dados alarmantes, a volta as
aulas traz a preocupação com os hábitos alimentares de crianças
durante o período escolar.
Segundo a Doutora na área de Obesidade, nutricionista Flavia
Fellippe - diretora da Clínica Leve Flávia Felippe -, são inúmeras as
causas que provocam a obesidade infantil, porém as duas que mais
se destacam são: a grande oferta de alimentos hipercalóricos e o
sedentarismo. "Com o avanço das tecnologias, a criança passa
muito tempo frente ao computador, televisão e videogame, todas
atividades que não envolvem exercício físico, portanto sem queima
calórica. Logo, essa inatividade é um elemento que contribui, e
muito, para o ganho de peso", salienta.
De acordo com a Doutora, a obesidade infantil já é uma questão de
saúde pública, já se tornou uma doença na qual o acúmulo de
gordura no corpo, se concentra a ponto de prejudicar a saúde. As
chances de uma criança obesa se tornar um adulto obeso e,
consequentemente, desenvolver problemas de saúde, é de 80%.
Como forma de alertar os pais, a diretora da Clínica Leve Flávia
Felippe orienta que os mesmos indiquem as crianças a fazerem
escolhas mais saudáveis nas cantinas das escolas, evitando
frituras, refrigerantes e buscando como opção lanches naturais.
"Além disso, as recomendações básicas são as que muitos já
sabem: fracionar os alimentos, ou seja, não passar mais do que três
horas sem ingerir comida; não pular o café da manhã, que é um
hábito que vem se perdendo, porém essencial para o
desenvolvimento da criança, já que traz energia para sua atividade
diária; mastigar bem os alimentos, pois isso faz com que a digestão
seja mais lenta e a absorção dos nutrientes mais eficaz; e tentar
realizar algum tipo de atividade física que agrade. Criar hábitos de
alimentação e de atividades diárias são essenciais para evitar essa
doença. E o melhor: tudo pode ser criado e combinado de forma
lúdica", finaliza.